Segunda-feira – missa da noite
1a LEITURA – Is 9,1-6
Hoje, vamos ler um trechinho messiânico do 1o livro do profeta Isaías (1-39). A situação é de trevas. A Assíria invadiu e dominou parte do Reino do Norte (Zabulon e Neftali). Aqui, entra uma projeção messiânica do profeta Isaías, que, depois, o Segundo Testamento vai ler à luz de Jesus. Quer dizer, este oráculo vai-se realizar com o nascimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O profeta fala de uma grande luz em meio às trevas, fala do fim da opressão do inimigo, o que vai gerar uma grande alegria e festa no meio do povo, como acontece por ocasião da colheita ou pela distribuição dos despojos de guerra. É a vitória dos pobres. São 3 os motivos da grande alegria: a destruição dos instrumentos de morte (canga, carga e vara); a queima dos símbolos da violência ( a bota do soldado e o manto ensanguentado); e, acima de tudo, o nascimento de um menino-rei, menino-esperança para o povo sofrido. Seu nome revela sua eficiência em relação ao povo: é “Conselheiro admirável” mais sábio que Salomão; é “Deus-forte”, portanto, superior a Moisés; é Príncipe da Paz, um líder capaz de restituir a justiça e defender a vida do povo, criando para todos a paz messiânica como plenitude de todos os bens. As consequências de tal administração só podem ser paz sem fim, solidez e justiça de modo duradouro. Tudo isto é obra do amor zeloso do Senhor todo poderoso.
2a LEITURA – Tt 2,11-14
Tito é um dos colaboradores de Paulo. A carta é escrita por volta do ano 65. Quer lembrar que a salvação foi trazida por Jesus Cristo e quais são os princípios gerais do comportamento dos novos convertidos. Em Jesus se manifesta a graça de Deus para a salvação de todos. Esta graça de Deus, que é a sua ação salvífica, provoca em nós três atitudes: a ruptura com os esquemas desse mundo, a busca contínua de um vida de equilíbrio, justiça e piedade e, finalmente, uma esperança que não decepciona, esperança de participar na glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus, por ocasião de sua vinda. Por fim, o autor define quem é Jesus e quem são os cristãos. Jesus é aquele que deu a vida por nós. Sua morte é vista como resgate, ou seja, como a compra de escravos no mercado. Fomos comprados por um preço muito alto: o sangue de Jesus crucificado. Somos, portanto um povo que agora pertence a Jesus, resgatado e purificado de toda maldade e ação pecaminosa. Daí o sentido da ruptura com a maldade do mundo. Não somos mais do mundo, mas ainda estamos no mundo mau. Nossa missão agora é praticar o bem, construir um mundo justo e fraterno.
EVANGELHO – Lc 2,1-14
As narrações de Lucas 1 e 2 são mais teológicas do que históricas. Tudo é narrado à luz da morte e ressurreição de Jesus, ou seja, quando o evangelista escreve, ele já coloca nos episódios da infância toda a doutrina que a comunidade cristã acreditava sobre Jesus como o Filho de Deus, Salvador do mundo e Senhor da história.
O Texto:
O texto de hoje procura enquadrar Jesus dentro da história, lembrando o decreto do Imperador Augusto sobre o recenseamento de todo o Império Romano. E isto aconteceu, quando Quirino governava a Síria. Então, Maria e José saíram de Nazaré e foram registrar-se em Belém. Como não havia lugar para eles (aqui, teologicamente, Lucas já antecipa a rejeição que Jesus terá por parte dos judeus), eles se alojaram numa gruta. Lá, Maria deu à luz Jesus e o colocou numa manjedoura. A Boa Nova do nascimento de Jesus foi anunciada pelos anjos aos pastores. “Nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor”. Qual foi o sinal deixado pelo anjo? Um bebê num coxo de animais. Um bebê igual a todos os bebês do mundo. Como Deus nos surpreende com seus projetos e revelações! De repente, apareceu uma multidão de anjos cantando glórias a Deus nos céus e desejando paz aos homens na terra.
Mensagem