Diocese de Caratinga

Rádio Eclesia

11º Domingo Comum

16/06/2024 . Comentários Homiléticos

1ª LEITURA – Ez 17,22-24
A primeira deportação para a Babilônia aconteceu no ano 597 a.C. e o profeta Ezequiel acompanhou a
elite deportada. A segunda e mais conhecida aconteceu 10 anos depois, ou seja, no ano 587 a.C. com a
total destruição de Jerusalém. O profeta quer animar o povo e alimentar a esperança de todos; para isso
anuncia a volta, a restauração da cidade, do culto e da realeza. As imagens são agrícolas. O galho da copa
do cedro é a dignidade real que será restaurada pelo Senhor. Esse galho será replantado sobre um monte
alto e elevado de Israel. É o monte Sião, onde está Jerusalém. Assim, as promessas feitas a Davi de sempre ter um descendente seu no trono de Israel não serão interrompidas. Este galho crescerá e tornará um cedro majestoso cheio de folhagens e frutos. Ali, todos os pássaros (todas as nações) farão seus ninhos. Todos haverão de reconhecer a soberania do Senhor capaz de mudar a sorte dos exilados. Aqui, as árvores do campo também simbolizam as nações. Pois bem, o Senhor é capaz de podar a árvore alta (o Império Babilônico que havia destruído Jerusalém e exilado o povo) e de elevar a árvore baixa ( tirar o seu povo do exílio e trazê-lo de volta para a sua pátria). Ele é capaz de secar a árvore verde (o orgulho das nações poderosas). O Senhor é capaz até mesmo de fazer brotar a árvore seca, ou seja, ele é o Deus da vida e todas as nações tomarão consciência disso. O profeta com estas imagens mantém acesas as esperanças do povo.

2ª LEITURA -2Cor 5,6-10
A 2Cor é praticamente uma defesa que Paulo faz do seu ministério apostólico diante daqueles que o
combatem ou não entendem. No trecho de hoje, Paulo coloca o dilema: permanecer no corpo ou sair do
corpo? Em outras palavras viver ou morrer? O problema era que, para alguns cristãos, os sofrimentos e
tribulações, que Paulo padecia no corpo por causa do evangelho, não tinham valor algum. Para estes
cristãos o que vale é o espírito; o corpo, portanto, poderia ser destinado ao prazer.
As respostas de Paulo: Com relação ao dilema
Paulo prefere mil vezes morrer para ir logo ao encontro do Senhor ( Fl 1,23). Os santos não tem apego a
este mundo. Eles sabem que o mundo é passageiro e aqui tudo é relativo. A vida verdadeira e definitiva, o verdadeiro prazer de viver se encontram junto de Cristo no céu. Aqui, a gente vive como num exílio, longe do Senhor; aqui, a gente caminha pela fé, não pela visão. No céu não haverá fé nem esperança. Estaremos de posse de tudo que esperamos. No lugar de crer nós veremos Deus face a face. Mas, enquanto estivermos aqui, morando no corpo, temos que ter muita confiança, muita fé e fazer muito esforço de agradar ao senhor.
Com relação ao corpo Paulo mostra sua importância. É através do corpo que damos nossas respostas de fé. Para estarmos amanhã com Cristo é preciso, no hoje da história, enquanto estamos no corpo, o domínio das paixões, o sacrifício de tudo que não edifica o corpo de Cristo, que é a Igreja. É preciso dedicar-se às boas obras e evitar o mal; é preciso trabalhar para o crescimento do Reino. Paulo termina dizendo que quando morrermos Cristo nos julgará. A recompensa de uma vida eterna com ele vai depender do que tivermos feito de bom ou de mal, enquanto estávamos no corpo.

EVANGELHO – Mc 4,26-34
As parábolas querem ajudar a superar a crise diante dos adversários de Jesus e de seus seguidores. O
sucesso de Jesus começa a ser questionado; então, Jesus esclarece nas parábolas. Aqui o Reino é
apresentado em 2 parábolas.
1ª) A semente que cresce sozinha.
É uma resposta ao nosso desânimo e um incentivo na nossa caminhada evangelizadora como discípulos
missionários. No tempo de Jesus, os agricultores depois da semeadura só retornavam para a colheita. A
semente por si mesma crescia e dava frutos. Quer dizer, ela traz dentro de si todo o seu potencial para
crescer e dar frutos. A semente é a Palavra de Deus, ou o Reino implantado pela Palavra. Então o que é
importante? Importante é semear sem desanimar, sem também atrapalhar com “muitos ingredientes”. O
crescimento é lento, mas contínuo. Depois é só colher. Como a colheita é imagem do julgamento e isso
compete ao Pai, nossa missão é só semear com confiança, paciência e esperança.
2ª) É uma parábola de contraste: o grão de mostarda.
Ela é a menor de todas as sementes e a maior de todas as hortaliças. Na Palestina, há mostardeiras que
cresciam mais ou menos a altura de um poste de cimento. Os pássaros (as nações) podem abrigar-se à
sombra de seus ramos. É uma bela imagem do Reino de Deus, que é insignificante no início (começa com
Jesus e 12 apóstolos), e, depois, vai crescendo e acolhendo povos e nações.
O significado das parábolas Às vezes aparecem como se fossem um enigma (4,11-12), mas normalmente é uma forma clara de entender. No fundo, diante da parábola é preciso tomar uma posição. E era só para aqueles que queriam entrar na dinâmica do Reino que Jesus dava maiores explicações.

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