Diante desse contexto, no momento em que a Igreja no Brasil está celebrando a Campanha da Fraternidade 2022, que tem como tema “Fraternidade e educação” e coincide com o movimento de greve deflagrado pelos servidores da educação no Estado de Minas Gerais, em luta pelo pagamento do piso salarial, defasado em mais de 40% na rede estadual, no dia 08 de abril, o vigário geral da diocese de Caratinga, padre José Carlos de Oliveira, enviou carta aos presbíteros manifestando e recomendando apoio aos servidores públicos da educação.
O vigário geral destaca a importância dos profissionais da educação e lembra os grandes e angustiantes desafios que eles enfrentam no exercício de suas funções, “tão caras à promoção humana”.
Citando o número 111 do Texto Base da Campanha da Fraternidade 2022, padre José Carlos escreve: “Em todos os tempos, os educadores tiveram desafios inerentes ao contexto social, político e econômico, dentre outros. Na atual realidade, não é diferente. Nesta era de complexidade, levantam-se demandas nos variados âmbitos que abrangem tanto a organização educativa em suas opções pedagógicas quanto a pessoa e a profissão do professor”.
O texto destaca que os servidores da educação, na grande maioria, precisam adotar jornadas de trabalho em dois ou três turnos, em vista de uma remuneração um pouco melhor. Cita ainda a aprovação, com emendas, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais do Projeto de Lei 3568/2022, garantindo 33% de reajuste além da inflação aos educadores. As emendas ao projeto foram vetadas pelo govenador Romeu Zema. O veto poderá ser derrubado pela ALMG na próxima semana.
A carta termina recomendando que nas missas e demais celebrações realizadas neste sábado e domingo, 09 e 10 de abril, em todas as paróquias e comunidades da diocese os padres e leigos façam uma prece por todos os servidores da rede pública estadual de educação, conforme a sugestão contida na carta.