O feriado de Corpus Christi, celebrado pelos católicos ao redor do mundo, é mais do que uma data no calendário religioso. Ele simboliza a presença real de Cristo na Eucaristia, um dos sacramentos mais importantes do cristianismo, e convida à reflexão sobre a fé, a comunidade e o sacrifício.
A procissão de Corpus Christi, que leva a Eucaristia pelas ruas, simboliza a presença de Deus em todos os aspectos da vida cotidiana. É uma manifestação pública de fé que une os fiéis em um gesto de devoção e testemunho. Filósofos como Emmanuel Levinas argumentam que a verdadeira religiosidade está na responsabilidade pelo outro, e a procissão pode ser vista como uma expressão desse compromisso ético, onde a fé se traduz em ação comunitária e solidariedade.
Os tapetes coloridos de Corpus Christi, feitos de serragem, flores e outros materiais, são obras de arte efêmeras que nos lembram da transitoriedade da vida. Eles nos convidam a contemplar a beleza do presente, mesmo sabendo que é passageira. Essa dualidade entre a permanência do sagrado e a impermanência do material nos provoca a pensar sobre o significado de nossas próprias existências.
A celebração de Corpus Christi pode ser um momento de introspecção pessoal, de renovar a fé e de refletir sobre nossos valores. Em um mundo cada vez mais acelerado, momentos como este nos convidam a parar e refletir sobre o que realmente importa. Eles nos lembram que, apesar das diferenças, existe algo maior que nos conecta e nos dá propósito.