Aleluia, aleluia, aleluia.
Abri-nos, ó Senhor, o coração / para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14) – R.
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo,
31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole.
32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão.
33Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele.
34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!”
35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam.
37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Na linguagem dos profetas, surdez e cegueira simbolizam incompreensão e resistência à mensagem de Deus. Neste episódio, a surdez pode significar o obstáculo que impede os discípulos de compreender os ensinamentos de Jesus. O falar com dificuldade (tartamudear) é impedimento ou limitação para anunciar a Palavra de Deus. Os discípulos de Jesus, na verdade, continuam mantendo a mentalidade de que os judeus eram superiores aos demais povos. Não aceitam que todos são iguais no Reino de Deus. Além disso, a cena vem carregada de simbolismo batismal. Com efeito, a pessoa batizada se torna nova criatura: Jesus lhe abre os ouvidos e solta-lhe a língua, para que ela escute, pratique e faça os outros conhecerem a Palavra de Deus. Que importância atribuímos ao conhecimento e à leitura da Bíblia Sagrada?