Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: / que uns aos outros vos ameis, / como eu vos tenho amado (Jo 13,34). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola:
14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens.
15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida, viajou.
16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco.
17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois.
18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados.
20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’.
21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’
22Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’.
23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’
24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste.
25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’.
26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei?
27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.
28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!
29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'” – Palavra da salvação.
Reflexão:
O proprietário representa Deus. Os dois primeiros servos, na prestação de contas, apresentam os lucros, isto é, as boas obras. O terceiro servo representa a pessoa, ou a comunidade, que vive fechada em si mesma, faz as coisas em benefício próprio, de modo egoísta. Deixou passar em branco o tempo, não fez nenhum esforço para praticar a justiça e obras de caridade. O que teria para apresentar a Deus? Só desculpas sem cabimento. São João da Cruz diz que “no entardecer da vida seremos julgados sobre o amor”. Este “servo mau”, omisso e mesquinho na administração de suas qualidades, não ouvirá o feliz convite: “Entre para participar da alegria de seu senhor”. De que modo aproveito cada momento da minha vida? A comunidade está fazendo o Reino de Deus crescer?