Salve, ó Cristo, imagem do Pai, / a plena verdade nos comunicai!
Vou voltar e encontrar o meu pai e direi: / Meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti (Lc 15,18). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo,
1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.
2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.
3Então, Jesus contou-lhes esta parábola:
11“Um homem tinha dois filhos.
12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.
14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade.
15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos.
16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam.
17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome.
18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti;
19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.
23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.
24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança.
26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele.
29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.
30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu.
32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Malvistos e desprezados pela classe dirigente, os cobradores de impostos e pecadores ouviam Jesus. Fariseus e doutores da Lei criticavam Jesus por fazer refeição com os pecadores. Para uns e outros, Jesus conta a parábola do pai misericordioso. Mesmo experimentando a dor da separação, o pai deixa o filho mais novo partir. Definitivamente, já que o filho pedira a repartição da herança. Vai para longe, não prospera; ao contrário, fracassa, passa fome. Arrepende-se, decide voltar. E o faz. O pai o recebe de braços abertos e promove para ele uma grande festa. É o Pai celeste que se alegra com a volta de quem se extraviou do caminho. O filho mais velho fica zangado pela volta do irmão. Figura dos chefes, que não suportavam os gestos de misericórdia de Jesus em favor dos pecadores.