Diocese de Caratinga

Rádio Eclesia

História da Diocese de Caratinga

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Em 1912, já se cogitava a criação de uma diocese na zona oriental da imensa diocese de Mariana. Além de Caratinga, outras cidades também aspiravam ser sede do bispado. Carangola estava em melhores condições que Caratinga, mas ficava no extremo sul da região. Manhuaçu também pretendia essa honra. Mas os esforços e empenho do arcebispo de Mariana, dom Silvério Gomes Pimenta, e do seu auxiliar, dom Modesto Augusto Vieira, que fora vigário da paróquia de Caratinga, moveram a Nunciatura a escolher Caratinga, pelo fato de ser mais religiosa e dar esperança de maior desenvolvimento.

Aos 15 de dezembro de 1915, a diocese de Caratinga foi criada pelo papa Bento XV, com a bula “Pastorale Romani Pontíficis Officium”. Na época, a diocese era composta por seis municípios: Caratinga, Manhuaçu, Carangola, José Pedro (Ipanema), Mutum e Aimorés, ao todo eram apenas quinze paróquias.

A diocese ao ser criada foi administrada por dom Silvério Gomes Pimenta, arcebispo de Mariana. Somente em 28 de janeiro de 1918, foi eleito o primeiro bispo: dom Joaquim Mamede da Silva Leite, auxiliar de Campinas, que não aceitou ser transferido para Caratinga. Em 4 de abril de 1918, é escolhido para bispo de Caratinga monsenhor Manoel Nogueira Duarte, que alegou ser impossível um bispo se manter com as rendas que Caratinga oferecia e também não aceitou ser o bispo da diocese.

Como estava demorando muito a vinda de um bispo, dom Silvério nomeou, aos 19 de fevereiro de 1919, cônego Aristides Marques da Rocha, carinhosamente chamado aqui de monsenhor Rocha, como vigário forâneo de Caratinga.

Em 19 de dezembro de 1919, monsenhor Carloto Fernandes da Silva Távora foi eleito e aceitou ser bispo de Caratinga, tomou posse do bispado no dia 6 de março de 1920. E faleceu em 27 de novembro de 1933.

Após a morte de Dom Carloto, monsenhor Rocha foi eleito para vigário capitular, no dia 1º de dezembro de 1933. No dia 6 de janeiro de 1935 tomou posse dom José Maria Pereira Lara, transferido da diocese de Santos, São Paulo. Ficou pouco tempo no governo da diocese, faleceu no ano seguinte no dia 8 de agosto. Novamente monsenhor Rocha assume o comando da diocese, como vigário capitular. Depois de dois anos foi eleito padre João Batista Cavati, que tomou posse da sede episcopal no dia 13 de novembro de 1938, ficando na diocese por dezoito anos. Sua renúncia foi aceita aos 30 de outubro de 1956, quando monsenhor Rocha assume a direção da diocese pela quarta vez.

No dia 19 de agosto de 1957, dom José Eugênio Corrêa foi eleito bispo da diocese e foi sagrado no dia 10 de novembro do mesmo ano. O marco do governo de dom Corrêa é a instituição das “Conferências Religiosas Populares” para a instrução religiosa dos adultos. E também merece destaque o empenho com o Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário que iniciou em sua própria casa. Ele deixou a diocese dia 6 de dezembro de 1978. Com a saída de dom Corrêa, veio dom Hélio Gonçalves Heleno que ficou na diocese por trinta e dois anos, de 24 de março de 1979 a 20 de maio de 2011. Dom Hélio faleceu no dia 4 de setembro de 2012. Dom Emanuel Messias de Oliveira foi o sexto bispo da Diocese de Caratinga, sua posse em 20 de maio de 2011, permanecendo como bispo titular até 13 de dezembro de 2023,quando o Papa Francisco aceita sua renúncia, por idade, nomeando Dom Juarez Delorto Secco como novo bispo para Diocese de Caratinga. Dom Emanuel é agora Bispo Emérito, residindo no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário em Caratinga.

Dom Juarez Delorto Secco, natural de Cachoeiro de Itapemirim, ES, é o atual bispo da diocese.

Sua posse aconteceu em 17 de fevereiro de 2024, quando veio transferido da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro , RJ, onde exercia a função de bispo auxiliar. O sétimo bispo da diocese .

Atualmente a diocese de Caratinga tem 60 paróquias distribuídas em sete foranias sendo elas: Caratinga, Carangola, Inhapim, Ipanema Manhuaçu ,Santa Margarida e Iapu. O clero da diocese é composto por 75 padres diocesanos , 1 diácono permanente .

Conta também com um grupo de mais de 25 padres religiosos Carmelitas, Sacramentinos de Nossa Senhora e Sacramentinos do Santíssimo Sacramento. Há também dezenas de religiosas, com destaque para a presença das Missionárias de Nossa Senhora das Graças, que têm sua origem na própria diocese.

UMA IGREJA VIVA, MISSIONÁRIA, PARA O BEM DO POVO

A diocese de Caratinga tem em sua história uma profunda intimidade com questões sociais, atuando ativamente nas áreas da saúde, da promoção social e da educação. Segundo o último relatório quinquenal da diocese, atualmente existem seis hospitais ligados à Igreja dentro da diocese.

Destaque para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Caratinga, iniciado por volta de 1910, com padre Modesto, na época pároco de Caratinga, e mais tarde desenvolvido com a ajuda de monsenhor Rocha e cuidado por décadas pelas irmãs Vicentinas e Gracianas. Atualmente, o Hospital é administrado por uma parceria entre a diocese e o Centro Universitário de Caratinga.

Na área da promoção social, a diocese se destaca pela presença da Pastoral da Criança há 20 anos. Atualmente a pastoral conta com o trabalho de quase três mil líderes que acompanham cerca de 12 mil famílias. Destaque também para o trabalho dos mais de dez mil Vicentinos de toda a diocese que socorrem diariamente as famílias carentes. Em Caratinga, no bairro Santo Antônio, a Associação Casa de Maria mantêm há mais de dez anos a Cantina Rainha da Paz, que acolhe e alimenta dezenas de crianças pobres da comunidade.

Não bastasse isso, a diocese de Caratinga apoia o trabalho de várias outras pastorais sociais, como a Pastoral da Pessoa Idosa e a Pastoral do Migrante. Aqui, destaque para o Moviso (Movimento Social São João Batista) que dá assistência a viajantes necessitados que passam por Caratinga. Há ainda mais de 45 creches, 21 asilos, 6 outras entidades de atenção à crianças carentes, sem falar na Associação Mãe Admirável que desenvolve grandioso trabalho na área do combate às drogas e recuperação de dependentes químicos.

No setor educacional, Caratinga e região devem muito de seu desenvolvimento à presença da diocese. Historicamente, a existência da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, dos Colégios Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora das Graças, do CNEC (fundado no Projeto Campanha Nacional das Escolas da Comunidade) e do Centro Universitário de Caratinga, são devidas à forte atuação da Igreja e ao empenho de seus dirigentes para que a cidade progredisse pelos caminhos da cultura, da ciência e da tecnologia.

ANO JUBILAR

O Ano Jubilar da diocese de Caratinga foi iniciado em 24 de junho de 2014, com solene celebração eucarística na catedral de São João Batista. Presidida pelo bispo diocesano, a partir dessa celebração a diocese conheceu o tema “Discípulos Missionários, somos todos luz do mundo” e o lema “Lâmpada que arde e ilumina”, que orientaram as preparações para a grande festa, neste domingo.

Na ocasião foram lançados o brasão, a oração e o hino do centenário da diocese, uma composição da poetisa, música e escritora caratinguense, Marilene Godinho. Aconteceu ainda o envio das imagens peregrinas de São João Batista.

PEREGRINAÇÃO DA IMAGEM DE SÃO JOÃO BATISTA

Na celebração de abertura do Ano Jubilar, cada paróquia recebeu uma imagem de São João Batista. Estas imagens percorreram durante o todo Ano Jubilar as mais de mil comunidades de base da diocese. Relatos de diversas paróquias mostram a forma como a presença da imagem ajudou as comunidades a se envolverem na dinâmica da celebração dos cem anos de história da diocese.

De acordo com o bispo diocesano, o objetivo da peregrinação das imagens de São João pela diocese foi despertar nos fiéis de todas as comunidades o sentimento de pertença à diocese, através do reconhecimento da importância da celebração de seu padroeiro, São João Batista.

PEREGRINAÇÕES À CATEDRAL

Ao longo de todo o Ano Jubilar, caravanas de peregrinos de quase todas as paróquias da diocese visitaram a Catedral de São João Batista, em Caratinga.

O pároco da Catedral, padre Ademilson Tadeu, e seu vigário, padre José Raul, acolheram todos os padres e fiéis, valorizando a relação entre as paróquias espalhadas pela diocese e a “Igreja-mãe”, que é a Catedral. Durante a visita à cidade, os peregrinos aproveitaram para visitar outros locais importantes para a diocese, como o Santuário de Adoração e o Seminário Diocesano.

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